Quando uma criança brinca, ela faz uma adaptação dos elementos que encontra e produz novos sentidos e significados para a realidade. Nós já vimos que os jogos têm um papel social muito importante e que eles são capazes de ativar memórias em nós, mesmo depois de muito tempo, já na fase adulta. Além de tudo isso, os jogos também são uma expressão da evolução das práticas e formas de planejar e aplicar o que aprendemos na sociedade.
“O jogo pode ser visto como uma prática que materializa a cultura e expressa a formação de uma identidade. Evidencia as diferenças no contexto cultural, que são necessárias para a compreensão da diversidade e conflitos estabelecidos pelo poder do jogador. A cultura encontra no jogo um meio para legitimar os significados sociais e tem um importante recurso para reproduzir seus valores e costumes.” (SANTOS, 2012, p. 48)
Você se lembra do nosso passeio pela história dos brinquedos? Desta vez, nós observamos a evolução dos brinquedos tradicionais e vimos como a busca do ser humano pela beleza, pela segurança e pela socialização também é expressada nos brinquedos das crianças e na forma de montar um playground para elas.
A evolução do balanço
A geodésica
A evolução da gangorra
A evolução dos desafios com circuito
Os túneis de manilha ganham uma cara nova
“As brincadeiras podem intensificar o processo de socialização da criança, mas, além disso, promovem sua iniciação colaborativa em um mundo cultural cujos significados poderão ser cotidianamente reinventados. Cada geração assimila o que encontra, mas adapta e experimenta ao seu modo e interesse. Brincar significa processar funções e valores de uma determinada cultura. O brincar sempre estará intimamente atrelado à construção das culturas, uma vez que só é possível brincar quando se é capaz de manipular significados e reorganizá-los para um determinado fim.” (SPRÉA, 2010, p. 16)
Nós aprendemos que, quando uma criança brinca, ela se confronta com o mundo, aprende a se posicionar nele, a como usar as ferramentas que tem ao seu dispor, e, em meio a tudo isso, desenvolve a sua própria personalidade.
Estamos buscando cada vez mais inovação e tecnologia para a criação de nossos playgrounds, além da beleza de, não apenas olhar para um playground bonito, mas saber que ele foi planejado para ser o melhor possível em nossa geração.
O que você acha da evolução dos brinquedos e como acha que eles serão no futuro?
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Referências:
SPRÉA, Nélio Eduardo. Palmas pra que te quero: a magia dos jogos de mãos. Curitiba, PR: Parabolé Educação e Cultura, 2010.
SANTOS, Gisele Franco de Lima. Jogos tradicionais e a Educação Física. Londrina: EDUEL, 2012.